Dra Exótica
Dicas sobre cuidados, alimentação, manejo e doenças de animais silvestres e exóticos.
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sábado, 7 de janeiro de 2023
terça-feira, 20 de junho de 2017
Enriquecimento Ambiental Para Pets Silvestres e Exóticos
Enriquecimento Ambiental Para
Pets Silvestres e Exóticos
Quando se atende animais que têm a
capacidade de sentir conscientemente algo, ou seja, de terem percepções
conscientes do que lhes acontece e do que os rodeia, se está a frente de um
grande desafio de responsabilidade ética e moral, cabendo aos profissionais da
área, assumir ainda mais o papel de defensores de uma condição ímpar de
qualidade de vida e bem-estar para estes animais. (PIZZUTO, 2013)
O enriquecimento ambiental de animais silvestres e
exóticos é bastante pesquisado em parques zoológicos e criatórios, porém, quando
se trata desses animais na condição de pets
é um tema pouco abordado e, no entanto, de fácil implementação, baixo custo e
sem contraindicações, podendo prevenir diversas patologias causadas pelo
estresse.
Proporcionar ao pet
uma ocupação que permita o controle do ambiente é essencial para o seu
bem-estar psicológico. O bem-estar de uma espécie pode ser
definido como o seu estado em relação às suas tentativas de adaptar-se ao seu
ambiente, porém é importante
salientar que este conceito está relacionado a um dado momento ou fase da vida
pelo qual aquele ser está passando. (BROOM, 1986, 2004). Animais
expostos ao bem-estar animal não exibem comportamentos anormais, estereotipados
ou outros indicativos de medo e frustração. Interagem ativamente com o meio que
os rodeia, exibindo uma multiplicidade de comportamentos similares aos
encontrados na natureza e demonstrando flexibilidade e capacidade de adaptação
às mudanças ambientais (CARLSTEAD, 2000).
O enriquecimento ambiental é
um princípio de manejo animal que procura aprimorar a qualidade do cuidado aos
animais pela identificação e pelo uso dos estímulos ambientais necessários ao
seu bem-estar fisiológico e psicológicos ótimos (SHEPHERDSON, 1998). Consiste em uma série de
procedimentos que modificam seu ambiente físico ou social, promovendo um recinto complexo e diverso que
possibilita ao animal demonstrar o comportamento típico da sua espécie
levando-o a uma melhor qualidade de vida, pela satisfação de suas necessidades
comportamentais. As técnicas de enriquecimento ambiental
são usadas para reduzir o stress causado pelo cativeiro, que pode se manifestar
por meio de respostas fisiológicas inadequadas e comportamentos estereotipados (PIZZUTTO,
2003).
Na natureza
os animais tem uma vida cheia de desafios incluindo atividades como buscar e
consumir alimentos, evitar predadores, buscar, competir e atrair parceiros
sexuais e interagir com ambiente em constante mudança. Desde cedo que o
ambiente externo foi reconhecido como sendo perigoso para os animais de
estimação, principalmente os silvestres e exóticos. Cada vez mais, os
proprietários restringem os seus animais, a um estilo de vida exclusivamente de
interior (“indoor”) por questões de segurança: para evitar possíveis fugas,
atropelamentos, lutas com outros animais, gestações indesejadas assim como
doenças parasitárias, virais e bacterianas. Por estas razões, nos dias que
correm, a generalidade dos proprietários tem vindo a confinar os seus animais
de estimação a um apartamento, convictos de que a oferta de uma dieta pronta
equilibrada e de qualidade, a proteção contra interações competitivas, a
escolha de seu parceiro pré-definida pelo proprietário, a segurança de um
espaço fechado e a eventual disponibilidade de cuidados médicos sempre que
necessários, é a melhor opção (ALHO, 2012).
O problema
reside no fato dos animais, em especial os silvestres e exóticos, tornam-se
limitados a uma área pequena e restrita, praticamente estéril, sem presas ou
predadores, sujeitos a uma dieta fixa, não natural, num determinado horário e
local, enfim não há perigos e imprevistos, o ambiente não sofre mudanças (ALHO,
2012). Um animal com menos opções comportamentais terá menores
chances de se adaptar a eventos estressantes ao seu redor. Agravando esse
quadro, um animal, deixado em casa sozinho, durante todo o dia, pode
tornar-se ansioso, deprimido e com problemas médicos e comportamentais. Além
disso, por viver num ambiente sem estímulo ou com pouca atividade este pet passará a maior parte do tempo
dormindo em vez de se exercitar, tornando-se um bicho pouco saudável e muitas
das vezes obeso.
Os animais na
natureza adaptam-se a situações previsíveis por meio de modificações
fisiológicas e comportamentais, uma vez que seus habitats não são estáticos. Os
componentes não previsíveis promovem o chamado “estágio de emergência”, que
resulta em mudanças nos parâmetros endócrinos e metabólicos de um organismo
(MÖSTL e PALME, 2002). Um grande número de hormônios (ACTH, glicocorticoides,
catecolaminas e prolactina) está envolvido nas respostas ao estresse (MATTERI
et al., 2000). As glândulas adrenais têm um papel-chave nas respostas hormonais
ao estresse, agindo, por exemplo, no eixo hipotalâmico pituitário-adrenal, que
é altamente sensível a estressores psicológicos resultantes da percepção de
perigo ou ameaça, novidade ou incerteza do ambiente (MASON, 1968; HENNESSY e
LEVINE, 1979; HENNESSY et al., 1979; CARLSTEAD et al., 1992; CARLSTEAD e BROWN,
2005). Situações adversas desencadeiam respostas das adrenais, resultando em um
aumento da secreção de glicocorticoides e/ou catecolaminas. Este é o primeiro
mecanismo de defesa do organismo contra as condições estressantes (MOBERG,
2000).
O
estresse não pode e nem deve ser evitado, pois permite que indivíduos se
preparem para situações em que possa haver a necessidade de enorme gasto
energético e recuperação. Por isso, o estresse tem um significado altamente
adaptativo para a sobrevivência dos indivíduos (BOERE, 2002). A sensação
desagradável que acompanha certas situações de estresse, ou o seu efeito, é um
sinal de alerta conspícuo de que danos poderão acontecer ou estão ocorrendo,
permitindo que os sistemas se preparem para período de intenso desafio físico
ou psíquico (NESSE, 1999). O impacto fisiológico e comportamental de um agente
estressor é altamente dependente da percepção e do tipo de resposta
comportamental do indivíduo. Muitos tipos de agentes estressores agudos podem
acarretar um aumento geral da excitação, que, por sua vez, tem o potencial de
trazer benefícios fisiológicos e psicológicos para o animal (NATELSON et al.,
1987).
O mecanismo
fisiológico do estresse por si só não é considerado totalmente indesejável ao
organismo. Os glicocorticoides liberados em resposta a situações que
rotineiramente são consideradas estressantes são desejáveis, e a normalidade
nos níveis depende da concentração e da duração do aumento. Entre outros, o
cortejo sexual, a cópula, a caça e o parto geralmente estão associados à
liberação de glicocorticoides (BROOM e JOHNSON, 1993). Durante um curto período
de estresse, os glicocorticoides podem facilitar a mobilização energética
(RAYNAERT et al., 1976) e alterar o comportamento (KORTE et al., 1993).
Entretanto, o estresse crônico (períodos prolongados de altas concentrações de
cortisol) ou o estresse intermitente (CARLSTEAD et al., 1992; CARLSTEAD e
BROWN, 2005) podem cobrar altos custos biológicos, como diminuição da aptidão
individual por imunossupressão e atrofia de tecidos, diminuição da capacidade
reprodutiva (ENGEL, 1967; BARNETT et al., 1984; MOBERG, 1985; BIONI e ZANNAINO,
1997; ELSASSER et al., 2000; CARLSTEAD et al., 1992; LIPTRAP, 1993; PEEL, et
al., 2005) e alterações comportamentais, também conhecidas como estereotipias
(CARLSTEAD et al., 1992; MC BRIDE e CUDDELFORD, 2001; MASON, 1991).
O bem-estar de um indivíduo é o seu estado em
relação às suas tentativas de adaptar-se ao seu ambiente, para mensurar o
bem-estar animal é fundamental entender o universo artificial onde este está
contido e compreender aspectos da anatomia, fisiologia, etologia e manejo das
espécies em questão. A partir desse conhecimento é gerada uma série de
obrigações éticas que certamente favorecerão o seu bem-estar CHAMOVE, 1989). O bem-estar psicológico e a intensidade do estresse
são difíceis de avaliar, no entanto, medidas indiretas como a saúde física, a
exibição de padrões comportamentais típicos da espécie e
a utilização de estudos da endocrinologia comportamental podem auxiliar nessa avaliação.
O
enriquecimento consiste na exposição
de animais a ambientes ricos em estimulação sensorial alcançado por inúmeras
modificações físicas e sociais no recinto do animal. Ambiente físico engloba
características físicas do cativeiro como tipo de substrato, disponibilidade de
utilização de espaço vertical (SWAISGOOD et al., 2001; PIZZUTTO et al., 2008 b)
e horizontal gerada por objetos inanimados, como cordas, troncos,
redes, rodas de atividades, canos e
brinquedos, e/ou caixas com infra-estruturas mais complexas, contendo tocas,
galerias de túneis e/ou plataformas com diferentes níveis de acesso e
diferentes locais e materiais para descanso ou repouso, itens que estimulem a
parte sensorial auditiva, táctil e olfativa (WILLIAMS et al, 1999) e visual, e
desafios na busca do alimento (HUNTER et al., 2002; BASHAW et al., 2003).
Enriquecimento
ambiental é sinônimo de aumento de complexidade (NEWBERRY, 1995), que acarreta
no desenvolvimento da flexibilidade comportamental em resposta a ambientes
dinâmicos, possibilitando uma melhoria da funcionalidade biológica dos animais
(SNOWDON e SAVAGE, 1989; MILLER et al., 1990; SHEPHERDSON, 1994; RUMBAUGH et
al., 1989). No entanto, é imprescindível escolher cuidadosamente o
enriquecimento a ser utilizado e adequar a complexidade do ambiente à história
natural (MELLEN e MAC PHEE, 2001), às características comportamentais e à capacidade
de cada espécie em interagir com o item introduzido.
Modificações
no ambiente ou enriquecimentos ambientais que combinem o conhecimento do
habitat natural, da fisiologia e do comportamento típico visam sempre aumentar
a prevalência de comportamentos naturais, reduzir os níveis de estresse e
aumentar as atividades físicas, além de melhorar as condições de saúde e
desempenho reprodutivo de um animal (NEWBERRY, 1995).
O
enriquecimento ambiental influencia no bem-estar físico, mental e social de
animais cativos e, consequentemente, proporciona efeitos benéficos para a sua
saúde geral. Desta forma o enriquecimento pode ser visto como um instrumento de
grande importância em um programa de medicina veterinária preventiva. (BAER,
1998). As técnicas de enriquecimento ambiental podem
reduzir o estresse enquanto, simultaneamente, aumentam o bem-estar animal no
cativeiro.
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Como fazer a citação deste texto:
ORTIZ, M. C. Enriquecimento Ambiental Para Pets Silvestres e Exóticos. In: PUCVET, 13, 2016. Belo Horizonte. Resumo. PucMinas, 2016.
quinta-feira, 2 de março de 2017
AVES COM PELOS ?!?
AVES COM PELOS ?!?
Não gente, aves não possuem pelos, esta é uma característica dos mamíferos! As aves possuem um tipo de pena delicada chamada Filopluma, são finas como fios de cabelo e possuem uma haste nua sem a presença de barbas na maior parte de sua extensão, com exceção do topo. Essas plumas, algumas vezes, são confundidas com cabelos. Localizam-se na nuca e na parte superior do dorso próximo às penas de contorno. Seus folículos apresentam terminações nervosas sensitivas que provavelmente tem um papel sensorial no controle do movimento das penas. Os movimentos discretos das penas de contorno são transmitidos para os receptores de pressão e de vibração presentes na pele através das filoplumas.
Abaixo link de uma entrevista que dei no youtube sobre uma possível galinha com pelos:
Bibliografia:
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quinta-feira, 7 de abril de 2016
INFESTAÇÃO POR CAPARINIA TRIPILIS EM OURIÇO PIGMEU AFRICANO (ATELERIX ALBIVENTRIS)
INFESTAÇÃO POR CAPARINIA TRIPILIS EM OURIÇO PIGMEU AFRICANO (ATELERIX ALBIVENTRIS) (RELATO DE CASO)
ORTIZ, M. C. 1, ALVES, R. H. C.2, TESTA, M. F.3, SOUSA, C. R.4, LEMOS, R. L. O.5, ARAÚJO, N. C.6, GOMES, A. P. S.
Doutoranda em Zoologia na UFMG1; Médico Veterinário Autônomo Dermatologista2; Estudante de Medicina Veterinária da Newton Paiva3; Estudante de Medicina Veterinária da PUC Minas Gerais4,6; Estudante de Medicina Veterinária da UFMG5, Prof. Adjunto Departamento Medicina Veterinária, PUC Minas Gerais6
marcelazoovet@yahoo.com.br
Palavras chave: ouriço pigmeu fricano, Atelerix albiventris, Caparinia tripilis, hedgehog
O ouriço pigmeu africano (Atelerix albiventris), conhecido como hedgehog, é um pet exótico popular no Brasil. Nesse contexto, a Caparinia tripilis (ACARI: Psoroptidae) é um ectoparasito não escavador que pode causar dermatite pruriginosa nessa espécie de ouriço. Este ácaro já foi descrito em hedgehog na Nova Zelândia, Novo México, Califórnia, EUA, Inglaterra e Coréia.4 No relato de caso trata-se de um paciente hedgehog fêmea, de nome Florinda, dois anos de idade, pesando 260 gramas, apresentando prostração, inapetência, queda de espinhos, prurido e descamação ao longo do corpo, incluindo ao redor dos olhos e nos ouvidos. O animal se alimentava de ração para gatos filhotes super premium, frutas, verduras e insetos (tenébrios e minhocas). Pequenos ácaros brancos foram observados, a olho nu, movimentando-se ao longo da pele. Foi realizado raspado cutâneo, superficial, no qual se visualizaram numerosos ácaros “microscópio ótico” (300-400 μm comprimento do corpo) com três cerdas longas no terceiro par de patas, pedicelos curtos e sem juntas, e carúnculas társicas em forma de sino, características morfológicas compatíveis com a espécie Caparinia tripilis1,2,3,4. Foi prescrito tratamento com imidacloprida (10mg/Kg/q30dias/spot-on), banhos semanais com xampu manipulado (ácido salicílico 2% + ureia 5% + triancinolona 0,025% + xampu base qsp), limpeza do terrário e troca de substrato. Outras opções de tratamento incluem fipronil, ivermectina, doramectina, moxidectina, selamectina e lavagens com 0,03% amitraz 2,4. Após uma semana o animal apresentava redução significativa da perda de espinhos e do prurido e após 40 dias já não havia sinais clínicos do parasita e o raspado de pele foi negativo para a presença deste. Com base na avaliação clínica e nos achados microscópicos, concluiu-se ser um caso de dermatite pruriginosa causada pelo ácaro Caparinia tripilis em hedgehogs com tratamento satisfatório pela imidacloprida associada ao uso do xampu, com a vantagem de apresentar menor toxicidade comparada a outros acaricidas citados em tratamentos2,4. Caparinia tripilis é considerado um habitante normal da pele dos ouriços2, sendo encontrado em 40% a 87% dos ouriços de cativeiro. Vários fatores, incluindo estresse, falta de higiene e disfunção imunológica pode contribuir para o aparecimento da doença4. Características como eritema, seborréia, crostas, e descamação da pele, bem como a perda de espinhos estão associados a casos graves2. Também pode haver o envolvimento de outros patógenos oportunistas como bacterias, dermatófitos e outros ácaros, nesses casos o tratamento inclui antibioticos, antifungicos e outros medicamentos de acordo com o quadro apresentado pelo paciente4. Devido à recente entrada desta espécie no Brasil, é essencial pesquisar sobre parasitas exóticos, a fim de avaliar se representam risco para a saúde humana ou infectando a fauna silvestre.
Imagens 1, 2 e e mostrando paciente com queda de espinhos e descamação ao longo do corpo, incluindo ao redor dos olhos e nos ouvidos.
Imagem ilustrando o ácaro Caparinia tripilis
Imagem do animal recuperado após tratamento
Referências Bibliográficas:
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Colaboradores:
sexta-feira, 1 de abril de 2016
domingo, 14 de fevereiro de 2016
8 DICAS PARA PREVENIR OBSTRUÇÃO GASTRICA POR BOLAS DE PELOS EM COELHOS
A obstrução gástrica causada pela ingestão de pelos é uma
das maiores causas de óbitos em coelhos na clínica veterinária, selecionei 8
dicas para evitar que seu orelhudo passe por isso.
- Estimular o coelhinho a beber muita água. Para isso deixo sempre duas vasilhas de água para cada animal, lembrando que se o coelho achar que a água está suja ele não bebe, nisso, ele parecem com os gatinhos que gostam de água fresca e corrente.
- Fornecer grande quantidade de folhas verdes diariamente. É necessário comer uma montanha de folhas proporcional ao seu tamanho, podemos dar, por exemplo, couve, rúcula, salsinha (eles adoram), salsão, folha de bananeira, feno, etc.
- Mamão é uma fruta curinga que ajuda a eliminar os pelos já ingeridos, mas infelizmente, nem todos os peludos gostam de mamão.
- Exercícios físicos diários. Para manter o intestino funcionando e sem gazes a criança deve ser solta pelo menos 4 horas por dia.
- Escovações diárias para retirada dos pelos mortos e algumas vezes a tosa é necessária. Coelhinhos lanosos que insistem em comer os pelos podem ser tosados a cada 4 meses.
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Suplementos para evitar bolas de pelos em gatos funcionam em coelhos, como por exemplo, o Malt Paste, que deve ser dado no mínimo uma vez por semana.
- Utilizar uma ração de qualidade para coelhos pets é fundamental. Rações formuladas para coelhos de produção vendidas a granel em casas de ração foram feitas para engordar coelhos para o abate e não para manter a saúde dos pequenos.
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